"Na Escola noturna aparecem com maior intensidade as
tensões provocadas pela coexistência pouco pacífica
da Educação convencional e das novas tecnologias.
A Escola noturna está voltada ao atendimento de uma
clientela com características e interesses específicos,
estreitamente ligados às transformações
operadas pela revolução tecnológica em
andamento. Ao ignorar ou retardar a incorporação
dessas tecnologias, ela torna questionáveis seus próprios
propósitos educativos."
"O aluno trabalhador necessita adquirir autoconfiança
para liderar o processo educativo, isto é, precisa
saber escolher, num universo de informações
em expansão, quais são as informações
competentes, onde buscar as melhores opções
de acesso a elas e, principalmente, como as ordenar logicamente.
Para que isso ocorra, não basta dominar mecanismos
e equipamentos sem compreender sua lógica, ou armazenar
muitos dados sem saber interagi-los com as exigências
do cotidiano, tarefas programadas para as próprias
máquinas executarem de maneira cada vez mais eficiente."
"O desafio da Pedagogia, preocupada em consolidar senso
crítico, é aprender e ensinar a transitar por
esses emaranhados de linguagens, aperfeiçoando a capacidade
de saber "ler", além da palavra escrita,
uma multiplicidade de sons, cores, volumes, texturas e movimentos
recortados pelos enquadramentos das imagens.(...)
A Escola deve fornecer os instrumentais lógicos que
habilitem o cidadão a dominar a lógica dos instrumentais,
isto é, colocar à disposição de
sua clientela os meios e modos de produção simbólica
compatíveis com seu tempo."
"Superar os preconceitos em relação à
tecnologia, desfrutando da riqueza do ambiente comunicológico
contido nessa revolução, deve ser a "lição
de aula" do cidadão em geral e do professor em
particular."