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 A Escola Pública e o Saber

Linha do Tempo





PAINEL 3: 1900-1930 – ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESCOLAR PAULISTA
O crescimento demográfico, a presença dos imigrantes, o surto econômico provocado pelo café e a expansão urbano-industrial são acompanhados pelo alargamento de medidas na área educacional.
As realizações convergem para o desenvolvimento e nacionalização da educação popular, com vistas à extinção do analfabetismo e ao "abrasileiramento do brasileiro". Direcionam-se esforços na expansão quantitativa de escolas preliminares, noturnas, isoladas (rurais e urbanas) e profissionais. Os cuidados com a saúde da população incluem ginástica e esportes nos currículos escolares. A educação física, intelectual e moral é enfaticamente cultivada: introduz-se o escotismo e generalizam-se os coros orfeônicos nos grupos escolares e escolas normais. A música, ao lado do rádio e do cinema, ocupa importante lugar nesse esforço pedagógico mobilizador.
Contudo, o recenseamento escolar de 1918 mostra que menos da metade das 480.164 crianças entre 7 e 12 anos frequentavam as escolas primárias (públicas e particulares) nos 196 municípios paulistas. Frente a isso, indaga o diretor da Instrução: "Que fizeram as restantes crianças em número de 247.543? Nada. Umas vagaram pelas ruas, outras ficaram em casa, num perfeito ócio, outras foram abusiva e criminosamente introduzidas nas fábricas e outras ainda acompanharam os pais nos serviços da lavoura".