Este texto apresenta uma análise
da implantação do Ciclo Básico (CB)
nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. São
apresentados os históricos, os resultados e as
possíveis razões das dificuldades enfrentadas
na época da introdução desta inovação.
Um dos principais obstáculos relatados foi a resistência
à mudança na concepção da
avaliação.
A idéia básica do Ciclo Básico
era a de propiciar às crianças um processo
de aprendizagem contínuo e sem retrocessos, principalmente
no que se refere à leitura e à escrita.
Para isso, todavia, era de fundamental importância
que também a avaliação passasse
a ser concebida de forma processual, exigindo uma transformação
das concepções de ensino-aprendizagem.
Tal obstáculo deve-se, segundo as autoras, a uma
"cultura da repetência", existente no
Brasil. Essa cultura estaria baseada em idéias
pedagógicas do final do século XIX.
Desde a implantação do Ciclo Básico,
em 1985, houve muitos avanços na rede pública
de educação do Estado de São Paulo.
Entretanto, muitas das reflexões presentes neste
texto ainda são bastante pertinentes, principalmente
no que se refere ao entendimento da progressão
continuada. |