Contrapontos |
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A terceira bolha
Guerras são sempre esclarecedoras, e o que esta guerra mais esclareceu foi até que ponto houve realmente três bolhas que explodiram no início do século 21: a do mercado de ações, a da ética empresarial e a do terrorismo. Com a bolha do mercado de ações, estamos todos familiarizados.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/23/int018.html
do
Estadão 23.04.03
Por um diálogo entre o Ocidente e o Islã
"O Ocidente dominou o mundo não pela superioridade das suas idéias, valores ou religião, mas pela sua superioridade na aplicação da violência organizada", escreveu Samuel Huntington. O autor do "Choque de Civilizações" completou: "Ocidentais frequentemente esquecem esse fato; não-ocidentais nunca esquecem".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u55616.shtml
da
Folha Online 22.04.03
Onde há democracia não há guerra
Fascismo, comunismo, nazismo e todos os outros ismos totalitários produziram ao longo dos tempos algumas das mais pavorosas cenas de intolerância perpetradas pelo homem contra alguém que ele julga diferente. "Fogueiras, patíbulos, decapitações, guilhotinas, fuzilamentos, extermínios, campos de concentração, fornos crematórios, suplícios dos garrotes, as valas dos cadáveres, as deportações, os gulags, as residências forçadas, a Inquisição e o índex dos livros proibidos", descreveu o jurista italiano Italo Mereu, são algumas das mais bárbaras manifestações de ódio adotadas por quem julga "possuir a verdade absoluta e se acha no dever de impô-la a todos, pela força".
http://veja.abril.com.br/160403/p_056.html
da
Veja 14.04.03
A decadência do Ocidente
Em plena guerra fria, fiz uma viagem de navio de Barcelona a Lima, com duração de 25 dias maravilhosos de leituras e tranqüilidade. Fiquei amigo do capitão, um veneziano culto ou irônico, a quem perguntei numa tarde o que a Marinha italiana representava no contexto mundial. "Calcule você mesmo", respondeu-me, com um sorriso. "Todo o orçamento de nossa Armada equivale ao de um único porta-aviões dos Estados Unidos."
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/13/int028.html
do
Estadão 13.04.03
Guerra prejudica nova ordem, diz FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que as discussões para uma nova ordem internacional serão prejudicadas pelos reflexos do pós-guerra no Iraque, principalmente pelo caráter unilateral do conflito liderado pelos Estados Unidos. Em sua primeira participação em um evento público desde que deixou a Presidência, ele manifestou temor em relação ao futuro de negociações envolvendo blocos regionais, como Mercosul, União Européia e Área de Livre Comércio das Américas (Alca). "Estávamos buscando uma ordem mais justa, mas agora ficou mais complicado."
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/11/int020.html
do
Estadão 11.04.03
EUA traem seus valores
BEHLENDORF, Alemanha - Uma guerra longamente desejada e planejada está em curso. Apesar de todas as deliberações e alertas das Nações Unidas, um aparato militar ultrapoderoso atacou preventivamente, violando a legislação internacional. Nenhuma objeção foi considerada. O Conselho de Segurança foi desdenhado e tratado como algo irrelevante.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/09/int021.html
do
Estadão 09.04.03
O sangue e a semente
A impressão que se tem é que a invasão do Iraque pela autodenominada "coalizão" não foi um fato em si, mas uma coordenada para um fato mais importante: o papel dos Estados Unidos após o conflito num mundo em que o eventual ocupante da Casa Branca pode mandar qualquer governante de qualquer país a ir embora, na base autoritária do "ponha-se lá fora!"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/
ult505u97.shtml
da
Folha Online 08.04.03
'EUA perderão a batalha política'
WASHINGTON - Diretor do Departamento de Relações Internacionais e Estudos do Oriente Médio do Sarah Lawrence College, em Nova York, o professor Fawaz A. Gerges tem sido um dos analistas mais requisitados pelas redes de televisão americanas desde que começou a guerra no Iraque. Em contraste com a grande maioria dos comentaristas, ele tem sido abertamente crítico da decisão do presidente George W. Bush de invadir o país e alertado os americanos para suas conseqüências. Americano de origem libanesa, Gerges falou ao Estado, na sexta-feira.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/06/int027.html
do
Estadão 06.04.03
Meio ambiente, o grande perdedor
CAMPINAS - A fumaça preta da queima de poços de petróleo e trincheiras em volta de Bagdá e dos incêndios decorrentes de bombardeios é só a face mais visível dos impactos ambientais da guerra no Iraque. Uma extensa gama de conseqüências, bem menos aparentes, já se espalha pelo solo, água e atmosfera, afetando tanto as pessoas, civis ou militares, quanto animais, plantas e o funcionamento dos ecossistemas. Mesmo que o conflito armado dure pouco tempo, vença quem vencer, alguns desses impactos persistirão durante anos e o meio ambiente sairá perdedor.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/04/06/int030.html
do
Estadão 06.04.03
EUA fomentam extremismo islâmico, diz professor
A invasão do Iraque -e a reação do governo americano após os atentados de 11 de setembro de 2001- fomentam, embora de forma não intencional, o extremismo islâmico e o apelo a um "jihad" contra os EUA. É o que diz o professor Mark Juergensmeyer, diretor do programa de Estudos Globais e Internacionais da Universidade da Califórnia, especialista em terrorismo religioso. Ele é autor do livro "Terror in the Mind of God: The Global Rise of Religious Violence" (O Terror na Mente de Deus: O Crescimento Global da Violência Religiosa), publicado pela editora da Universidade da Califórnia em 2000 (revisada neste ano).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u54531.shtml
da
Folha Online 04.04.03
Só democracia garantiria unidade do Iraque, diz professor
O nacionalismo árabe relegou ao segundo plano a idéia de democracia. O Iraque, após a atual guerra, terá a chance singular de provar que só o regime democrático manteria sua unidade territorial, por meio de uma federação em que os direitos comunitários de sunitas, xiitas e curdos estariam assegurados. É o que diz Adeed Dawisha, 58, iraquiano e professor numa universidade de Ohio (EUA). Ele é o autor de "Arab Nationalism in the 20th Century" (Nacionalismo Árabe no Século 20), lançado nos Estados Unidos pela Princeton, no qual argumenta que o projeto de unidade política entre árabes do Oriente Médio capotou por razões internas, e não por força de interesses ocidentais.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u54454.shtml
da
Folha Online 03.04.03
Avanços tecnológicos desafiam Convenções de Genebra
Após 13 dias de guerra, uma constatação já pode ser feita: as Convenções de Genebra, criadas em 1949 para evitar que os horrores das grandes guerras se repetissem, não estão adaptadas aos avanços da tecnologia contemporânea, que permitem que a mídia mostre ao vivo cenas do front.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u54360.shtml
da
Folha Online 02.04.03
A fúria de um mundo agonizante
No Iraque, dois países opulentos esmagam uma multidão maltrapilha; no Brasil, em especial no Rio, cidadãos pacatos, indigentes armados, policiais e, agora, até juízes são mortos como insetos. O que explica tudo isso?
http://www1.folha.uol.com.br/folha/
mundo/ult94u54275.shtml
da
Folha 01.04.03
As ilusões americanas
A guerra do Iraque põe em gritante relevo algumas ilusões americanas. Uma das mais importantes é a convicção majoritária de que os Estados Unidos são portadores de ideais universais de justiça e de liberdade, a que os diferentes povos do mundo aspiram em quaisquer circunstâncias.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u54234.shtml
da
Folha Online 31.03.03
Da guerra justa
Quem acompanha a mais recente onda de estupidez e horror, que ora cobre o Iraque, terá visto generais e falcões civis americanos reclamar que os iraquianos cumpram as leis da guerra. Algo como a guerra tem lei?
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u54232.shtml
Da
Folha Online 31.03.03
Nasce um pária internacional
Se há alguma coisa óbvia na história da guerra, é que pouca coisa pode ser prevista. No Iraque, a força militar mais espantosa da história humana atacou um país muito mais fraco, uma disparidade de forças enorme.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u53864.shtml
Da
Folha Online 26.03.03
A força como instrumento de política
LOS ANGELES - Os Estados Unidos venceram o século 20. Ele se tornou, como o jornalista Henry Luce havia profetizado, "o século americano". No final da década de 90 - vitoriosos nas duas guerras mundiais, triunfantes na longa e sombria luta com a União Soviética -, os EUA tinham conquistado uma posição de força inigualável.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/21/int038.html
do
Estadão 21.03.03
De volta à Idade Média
Em meio ao oceano de cartazes na marcha de um milhão por Londres (número oficial; extra-oficial: dois milhões), uma das placas dizia: "Bush quer bombardear a lei"; outra anunciava: "Os EUA estão criando as Nações Desunidas"; outra clamava: "Salvem a Terra, mandem Blair e Bush a uma missão em Netuno".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u53326.shtml
da
Folha Online 21.03.03
As razões não tão secretas da guerra
Agora que a guerra começou, todo ser humano são com certeza espera que chegue ao fim dentro de semanas, se não de dias - com a rendição incondicional de Bagdá e a captura ou morte do presidente Saddam Hussein. Com sorte, este será o desfecho mais provável. Por que, então, essa guerra conta com menos apoio popular do que quase qualquer outro conflito militar da História?
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/21/int041.html
do
Estadão 21.03.03
'Intervenções como essa deram errado'
AMÃ - O histórico de intervenções como essa que os Estados Unidos estão preparando no Iraque é desanimador. Haiti, Afeganistão, Líbano, Somália: a lista de fracassos é grande. Ao mesmo tempo, os países da região gostariam de se ver livres de Saddam Hussein - e não sabem ao certo que tipo de cartas os Estados Unidos têm na manga.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/17/int018.html
do
Estadão 17.03.03
Para consertar o mundo
Há dias em que você pega o jornal e não sabe se ri ou chora. Vejamos: o primeiro-ministro da Sérvia acaba de ser assassinado. Se isso não lhe parece um mau agouro, então você perdeu a aula sobre a 1.ª Guerra Mundial. Nosso mais forte aliado para a guerra no Iraque é a Bulgária - país pelo qual sempre tive uma queda, porque ele protegeu seus judeus durante a 2.ª Guerra, mas esteve no lado perdedor de todas as guerras nos últimos cem anos.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/17/int017.html
do
Estadão 17.03.03
Guerra pode arrastar islâmicos a choque de civilizações, diz professor
PARIS - Titular da cátedra de Ciências das Religiões na Sorbonne, o professor Odon Vallet disse ao Estado que a oposição de França, Rússia, China e Vaticano à guerra contra o Iraque se sustenta não só no conceito da legalidade internacional, mas também no "receio patente" de que o conflito favoreça, de fato, as teses dos extremistas islâmicos e arraste o mundo muçulmano, "globalmente moderado", para o chamado choque de civilizações.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/13/int024.html
do
Estadão 13.03.03
Nas entrelinhas do conflito
Há um significado oculto no que os "bushistas" estão fazendo enquanto se preparam para a guerra no Iraque. Minha hipótese é que o presidente George W. Bush e vários conservadores concluíram que a única maneira de salvar os Estados Unidos e tirá-los do atual declínio é tornar-se um regime com maior presença militar e rumar ao império. Meu medo é perdermos a democracia no processo.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/02/int010.html
do
Estadão 02.03.03
O pacifismo é eficaz?
A paz é um valor, mas o pacifismo é uma ideologia. Como valor, a paz encontra suas fontes tanto na Bíblia quanto na sabedoria budista. Ela movimenta comportamentos individuais que são por si só incontestáveis. Mas como ideologia e, a exemplo de toda ideologia, o pacifismo precisa estar submetido ao critério da experiência. Isso confere ao pacifismo um julgamento sem ambigüidade: é eficaz no sentido que conduz à paz e à reconciliação entre adversários que dividem uma mesma moral. Ao contrário, se estes não partilham a mesma concepção de mundo, os pacifistas acabam sendo inevitavelmente, e freqüentemente apesar deles mesmos, os aliados objetivos dos senhores da guerra.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/02/int009.html
do
Estadão 02.03.03
Crise do Iraque abre novo período da história
Paul Kennedy, historiador de Yale e autor de The Rise and Fall of the Great Powers (Ascensão e Queda das Grandes Potências), fala sobre a crise iraquiana e compara a atual situação com outros acontecimentos históricos: Nathan Gardels - Em retrospectiva, o dia 11 de setembro pode ter sido o equivalente histórico do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo em 1914, que acabou detonando a 1.ª Guerra. O trauma fez explodir as fissuras existentes numa enfraquecida ordem mundial que já não mantinha mais o combinado equilíbrio das potências, exatamente como agora a velha ordem do período pós 2.ª Guerra não se adapta mais às realidades de hoje. Os interesses comuns não são mais suficientemente urgentes. Estaremos vendo isso agora enquanto a Otan, a União Européia e a ONU estão todas em crise?
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/
2003/03/02/int013.html
do
Estadão 02.03.03
Guerra só interessa aos EUA, diz Saramago
"O único país a quem a guerra hoje realmente interessa é os Estados Unidos. O seu projeto imperial e neo-colonial precisa dela para se consolidar." As palavras são do escritor português José Saramago, 80, Prêmio Nobel de Literatura de 1998, um homem que não costuma se refugiar no silêncio quando as situações políticas agravam a incompreensão entre os homens e proliferam a injustiça social.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/
ult96u46403.shtml
da
Folha Online 24.02.03